POESIA DE LARA DE LÉON
(Pseudónimo de Maria Idalina Alves de Brito)
POESIA SOCIOLÓGICA
(carácter social)
SEM-ABRIGO
Nesta
cidade de brumas
róseas e
cães verdes,
cavalgas
ansioso por entre
gotas de
rua em pedras
soltas e
noites brancas.
Migalhas
de fome abrem
portas
de escombros e
cobertores
negros que
dormem
em túmulos
de
solidão e abandono
nos
patamares esquecidos
de cada
um de nós.
Bocas de
múmias cegas
no
desafio do tempo oculto,
imagens
e devaneios de
recusados
carinhos que
lembras
de outrora.
Desejos
do corpo que
esqueceste
e da fome
que a
noite silencia.
Crepúsculos
de paixões e
famílias
de sonhos que
um dia
surgirão no
oculto
esplendor da
madrugada
em rasgos de
abraços
e beijos como
luz no
fogo da ilusão
agreste
de um dia,
um dia
apenas, de vida.
Ó homem
aventura, nu, cego,
pobre e
só, neste deserto perdido
que
procuras em liberdade?
2013.06.15
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