sábado, 16 de abril de 2011

DERIVAÇÕES DO SER

O CANTO DO CISNE


O canto do cisne
Ecoa na sombra do teu olhar
Distante, sonhador, saudoso…
Pára de grasnar, cantar ou chorar…
Esquece as mágoas, as angústias,
As sombras, os ares de afrontamento,
O câncer na mama, no intestino,
Ou na próstata!
Só vives o hoje e o agora…
O passado passou.
O futuro é incerto!

Vive o presente com a experiência
E o conhecimento do que viveste
E na esperança do dia de amanhã,
Quando vier…

Soltam-se os ais do teu peito,
Como se fosses agora morrer…

Não quero ver a tua alma sem luta!
Não quero encontrar-te no desespero
E na solidão do momento…
Olha!
Olha à tua volta!
O que vês?
Porventura, a vida dos outros,
Não tem espinhos, nem socalcos,
Nem montes a serem ultrapassados?

Pensas que os outros só têm rosas
De pétalas vermelhas,
Sem espinhos e perfumadas,
Prados verdes, árvores frondosas,
E pessoas amadas,
No seu caminho?

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