sábado, 16 de abril de 2011

DERIVAÇÕES DO SER

POBRE POETA

Pobre poeta,
Cantor e trovador
Tu o ético, o solidário…

Nada ganhas com a tua poesia,
Canções ou trovas…
Desse teu trabalho diário…

Há sempre um homem ganancioso
Que te come o suor e o esforço zeloso
De noites sem adormecer,
E dias sem comer...

Por acreditares num mundo melhor,
De encantamento e amor,
Olvidas essas vis criaturas
Que só vêm o níquel tinir,
E apresentam só finuras,
Apesar de ser tudo a fingir… fingir…

Para ti, a poesia e a arte,
Vai para além de ti, de mim, e, de vós…
Da fome, da morte, da vida …
Nessa procura infinda do ser
Maravilhoso, que há em todos nós!


2010.09.09



33. O SONHO DO POETA

O sonho do poeta,
Ultrapassa os novos e velhos tempos,
A vida,
Os caminhos limitados
Que fechas, a cada dia e hora…

Voa célere,
Cobrindo a terra com o seu manto
De esperança e luz…

O sonho do poeta,
Quer um mundo melhor
Com cheiro a rosas e maresia,
A erva fresca e terra húmida,
E, onde águas límpidas e cristalinas,
Correm nos rios, enchendo os mares.

O sonho do poeta,
Quer paz entre os homens,
Canções e brincadeiras de crianças,
Trabalho, saúde, habitação, pão,
E o fim de todas as formas de dependência,
De miséria e de opressão.

O sonho do poeta,
É tão grande, intenso, forte e luminoso,
Que dada a sua impossível concretização,
Não passa de um sonho de poeta!

2010.09.09

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