sábado, 16 de abril de 2011

DERIVAÇÕES DO SER

SOU UMA NAVEGANTE DE NUVENS, SOLITÁRIA…


Sou uma navegante de nuvens, solitária…

As ameias daquele castelo
Evaporam-se na bruma dos teus olhos
E na ansiedade da tua boca.
Queres amassar-me contra uma parede de relva,
Circundada de rosas vermelhas,
Como o sangue que corre em tuas veias.

A brisa do mar, de verde vulcânico,
Entranha-se no meu cabelo de lima, limão,
Limão esmeralda, caju, tanto faz…
O importante é ver-te com o teu sorriso
De folha branca por entre teus lábios de cereja.

Flutuas no mar ou no ar? Que importa?
És tu? Ou não és?

A nuvem passageira e airosa
Atormenta teu cérebro, fruto de canseiras e cansaços,
Desesperos e lágrimas!
Os sentimentos já não são o que eram…
Assim pensava eu!…
Mas não. São iguais… Sempre iguais…
Os protagonistas é que mudam!
Hoje és tu. Amanhã outro, ou ninguém…
Ao fim de algum tempo, já não tens sentimentos.
Tens lembranças…
Já não sabes chorar, nem amar, nem querer, nem sonhar…
O espírito entorpece e amarra teu corpo ao desperdício,
Ao quebranto, enganado à vida sufocada,
Á desesperança de uma vida,
A tua!
E a minha!

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