sábado, 16 de abril de 2011

DERIVAÇÕES DO SER

NUM PANO DE BUREL

Num pano de burel
De tom amarelo cor de mel
Com cansaços e abraços
Soltam-se os teus e meus passos

Esta rosa e louca boca
De amor entontecida
Esperou-te perdida
Numa vida cheia ou oca

Caminhos impossíveis
De sonhos intangíveis
Que alguém ao vento gritou
E ao luar soluçou

Mesmo assim, de ti e de mim,
Quis gritar perdidamente
Como uma qualquer gente
Vestida de chita ou cetim.

2010.07.13

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